Por dentro, a Renault resolveu dar uma atenção maior ao Logan, que teve melhorias no material do painel e a adoção de plásticos e tecidos de padrão superior, mas nem tanto assim, mesmo com a adoção da nova forração interna e as das portas, que passaram a ser iguais ao do seu “primo” Sandero, a qualidade ainda é primária, com plásticos duros e não agradáveis ao toque dos dedos. Na versão Expression, o interior apresenta melhorias, como manopla de câmbio, maçanetas internas e saídas de ar com acabamento na cor alumínio. A versão avaliada ainda tinha o volante revestido em couro com o logotipo Renault cromado, que é opcional. O quadro de instrumentos ganhou um novo grafismo, a iluminação na cor âmbar foi mantida, assim como os indicadores digitais de nível de combustível e temperatura do líquido de arrefecimento. Os botões de acionamento dos vidros elétricos foram instalados nas portas, melhorando a hergonomia interna, mas pecou na posição do botão de acionamento dos retrovisores elétricos que ficaram sob o freio-de-mão, dificultando o manejo. Seu tamanho é sua maior virtude, seu entre-eixos é de 2,63 metros, que garante um excelente aproveitamento do espaço interno, detalhe que deixa motorista e passageiros bem confortáveis, cabendo cinco adultos sem aperto. O Logan mede 1,74 metro de largura e 1,53 metro de altura, fator que deixa as pessoas mais altas à vontade dentro do carro. Seu porta-malas tem capacidade de carga para 510 litros, espaço de sobra para uma viagem mais longa com até cinco ocupantes. Mas o acabamento com ferros à mostra define a precariedade do projeto, que merecia mais atenção neste quesito.
O Logan Expression está equipado com um motor 1.6 8V Hi-Torque, com sistema flex, que gera 95 cv de potência máxima com álcool e 92 cv com gasolina, seu torque em baixas rotações: são 14,1 mkgf (álcool) e 13,7 mkgf (gasolina) a 2.850 rpm, faixa de rotação. Segundo a montadora sua velocidade máxima é de 175 km/h (álcool) e 173 km/h (gasolina), e a aceleração de zero a 100 km/h é feita em 11,8 segundos (álcool) e 12,2 segundos (gasolina). O motor fica devendo nas retomadas e nas acelerações mais bruscas, mesmo com o auxílio do acelerador eletrônico, sem cabos ou conexões mecânicas. A suspensão, recebeu um tratamento especial da Renault e passa bem por buracos e valetas sem afetar muito quem está no interior do veículo, nas curvas mais fechadas é possível perceber que o “novo” Logan ficou mais firme e seguro, transmitindo mais confiança para quem dirigi o sedan da marca. O interior também recebeu um tratamento acústico melhor, comparado ao modelo anterior, ficando mais silencioso. Um curiosidade, é que na tampa do porta-malas estão as inscrições 1.6 Hi-Flex, mas no site da marca o motor é chamado de Hi-Torque.
O modelo avaliado, parte de R$ 32.690e pode chegar ao preço de R$ 42.440 se foram incluídos todos os opcionais. A Renault oferece garantia total de fábrica de três anos ou 100.000 quilômetros (o que primeiro ocorrer). Além de garantir valores fixos nas revisões através dos programas “Revisão com Preço Fechado” e “Pacote de Preço Fechado”. O Logan tem sete opções de cores, sendo duas sólidas (Vermelho Vivo e Branco Glacier) e cinco metálicas (Preto Nacré, Cinza Acier, Bege Angorá, Azul Crepúsculo e Prata Etoile), que custa R$ 900 a mais para o bolso. A versão topo de linha Expression oferece quatro pacotes de opcionais, o Pack Conf 1: Ar condicionado + direção hidráulica + volante regulável em altura + travas elétricas com controle por rádio freqüência + vidros elétricos dianteiros + sistema CAR (travamento automático a partir de 6 km/h) + faróis de neblina e computador de bordo. Pack Conf 2: Rádio MP3 com comando satélite + vidros elétricos traseiros + retrovisores elétricos na cor da carroceria + alarme. Pack Segurança: Air bag duplo + freios ABS + volante em couro + terceiro apoio de cabeça traseiro + cinzeiro nômade e por fim, o Pack Roda, com as rodas de liga leve aro 15”.
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