Museu e conserto
Roberto Nasser
Por incúria, irresponsabilidade, filosofia ou ato criminoso, pegou fogo o Museu Nacional, mas antiga instituição do ramo no país, em seus 200 anos. Prejuízo incalculável e de impossível reposição. Gente festiva e inadequada, assim como o omisso prefeito carioca prometeram reconstruí-lo. Pensam no continente, não no conteúdo – é uma radiografia de seus cérebros. Tertúlia flácida para acalentar bovino. Os primeiros sequer estarão no governo para as primeiras providências pós cuidados e avaliação de resgate dos escombros. O último parece neto de japonês, é um Nãosei.
Bravatas, promessas de apuração de responsabilidades, pululam nas glotes das autoridades, mas no depurar da situação, com grandes chances será a edição museal do incêndio da Boate Kiss – ceifou centenas de jovens e não há culpados.
Promessas passam por liberação de verbas, procura em arquivos de sugestões a respeito. Responsáveis (sic), como o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, indicado pelo PSOL, distribui culpas e responsabilidades, quando poderia dar aula de ética e respeito à teórica magnificiência de seu cargo, demitindo-se e à sua conivente diretoria, omissa no respeito à história, à cultura e à imagem do país de incultos, desidiosos no cuidar os tesouros da humanidade.
Mais positivo, e de ótima ocasião seria um projeto de mudança completa na forma de olhar os museus nacionais. Quantos estão fechados, e por que? Como induzir a manutenção dos existentes e o surgimento de novos? Como fomentar sua administração? Em Brasília, particular, sem verba pública, o Museu Nacional do Automóvel está lacrado há seis anos. Os autores da ação já não estão no governo; a razão do pedido perdeu-se no tempo; mas solução não há. Porque não começar pela sua reabertura? É rápida, fácil, seu custos. Basta uma caneta honesta.
(Roberto Nasser tem parte do acervo; paga as contas; e é o Curador do Museu Nacional do Automóvel).
Roda-a-Roda
JAC, lá – Na Argentina marca chinesa será representada pela SOCMA, empresa de familiares de Maurício Macri, o presidente. Família do ramo gere duas outras marcas chinesas.
Esforço – Na Citroën engenheiros, analistas de custos, formuladores e palpiteiros em geral estão reunidos em torno do recém-lançado Cactus. Objetivam, a partir da versão de entrada, a R$ 68.990, trocar o câmbio mecânico pelo automático, manter direção assistida, ar condicionado, vidros elétricos, equipamentos básicos de segurança, incluindo o estabilizador ESP.
Problema – É colocar o câmbio mais caro, e não deixar o preço passar de R$ 69.990. Teto de versão destinada a Pessoas com Deficiência, a quem incentivo oficial reduz impostos para veículos com custo até R$ 70 mil.
Minguando – Conceito é honesto, mas o teto oficial não é corrigido, e assim pouco a pouco os veículos elegíveis vão-se reduzindo.
Hermanos – Renault iniciou fazer seus picapes Oroch com opção de tração nas 4 rodas – modos 2W; 4W e 4W+Reduzida. Inicialmente sem vendas domésticas, mas para a Argentina. Lá, para concorrer com o Fiat Toro dotado desta opção. Na Argentina o Oroch vende acima do Toro.
II – Cada mercado, um comportamento. Na Argentina o Oroch é o quarto picape mais vendido, com o Toro na sexta posição, apenas com a versão diesel, transmissão automática e 4×4. Para aumentar sua posição, iniciará exportar com motor a gasolina, 1,8 litro, caixa automática de 6 velocidades, menor preço.
Razão – Mercado argentino está em forte descenso e preço menor é grande argumento às compras.
Registro – Enorme desvalorização do peso, atingiu nesta semana cotação de US$ 1 = 40 pesos; RS$ 1 = 10 pesos.
Síntese – Se você pensa ser a Volkswagen marca de automóveis, enganou-se. É um grupo, e sob sua copa frondosa estão três marcas muito conhecidas de caminhões: Scania, MAN, Volkswagen, e parcerias com Navistar – International -, Hino, japonesa, sociedade com a Toyota, e chinesa Sinotruck.
Mudança – Com leque tão amplo, a cobertura da marca, como Volkswagen Truck & Bus tornou-se curta. Optaram pelo nome Traton, para cuidar do referente aos pesados.
Freio – Corrida oficial para o Congresso apreciar e aprovar a Medida Provisória instituindo o Programa Rota 2030, sofreu frenagem: Comissão Mista encarregada de analisá-la, suspendeu reunião para conhecer e votar o relatório do Relator Alfredo Kaefer, PP/Pr. Mandatoriamente MP deve ser aprovada neste ano para vigir em 2019. Estabelece incentivos oficiais e contra partidas da indústria de veículos, autopeças, revendedores.
Rolls – Símbolo do poder presidencial, o raro e formidável Rolls-Royce Silver Wraith Formal Cabriolet, de 1952, não deverá ser utilizado para conduzir o Presidente da República durante a parada cívica do 7 de setembro.
Curriculum – Dos registros a respeito do governo Temer, a encerrar-se no dia 2 de janeiro, constará nunca ter desfilado no RR presidencial, carro semi exclusivo, de carroceria personalizada, construção quase artesanal, escepcionalmente conservado.
História – Temer não teve posse comum, posterior á eleição e, ano passado declinou do uso do automóvel para evitar protestos, como os que mimaram a ex-Dilma Roussef. Para o dia 7 próximo, sua última parada como Presidente, dispensou o majestático automóvel, um dos símbolos do exercício do poder.
Gente – Fernão Silveira, comunicólogo, ex Ford, novo Diretor de Relações Corporativa e Sustentabilidade da FCA. OOOO Empresa mudou organograma, transferindo a diretoria, antes acumulada com a de Publicidade, então a cargo de João Ciacco. OOOO Ficará baseado em S Paulo. OOOO Jornalistas especializados com cara de paisagem. OOOO Na empresa anterior cuidava dos escrevedores não especializados, ditos influencers. OOOO Segmento em expansão turbinada pelo fabricantes e montadoras. OOOO Stefan Mecha, alemão, mudança. OOOO Cuidava de vendas VW no norte da Alemanha e veio ao Brasil como Vice presidente de vendas e exportações SAM. OOOO Acróstico quer dizer região sul americana, e sua missão será manter o pujante esforço de vendas de VWs a países da América Latina. OOOO