Stellantis tem planos firmes para fábrica de Goiana
Ao completar 10 anos da inauguração da unidade fabril de Goiana (PE), cidade de 85.000 habitantes a 65 km da capital Recife, a Stellantis não se limitou a anunciar a comemoração, ainda em 2025, de dois milhões de veículos produzidos: três modelos Jeep (Renegade, Compass e Commander), um Fiat (Toro) e um Ram (Rampage). Dos R$ 30 bilhões a serem investidos no Brasil até 2030, quase 45% (R$ 13 bilhões) vão para esta fábrica.
A unidade pernambucana emprega diretamente 6.400 pessoas e 14.700 ao se incluírem fornecedores locais. Investimento direto foi de R$ 18 bilhões, em uma década, para uma capacidade instalada de 280.000 unidades por ano.
Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis na América do Sul, confirmou seis novos modelos a serem produzidos lá, inclusive de uma nova marca, que não especificou. Ele não revelou se seria uma marca já existente no Brasil ou uma do exterior. Em tese, adiante se enquadraria até a Leapmotor (divisão internacional da chinesa em que a empresa detém 51% das ações) e cujo primeiro modelo importado estreia em setembro próximo. Entre as alternativas, pode ocorrer a volta de um produto Peugeot como o SUV médio 3008. O que está nos planos imediatos são versões micro-híbridas evoluídas, de 48 V, uma delas já em 2026, possivelmente o Renegade, seguido pela Toro (ou vice-versa).
Planejamento quinquenal inclui 40 lançamentos, dos quais sete inteiramente novos, entre todas as marcas do grupo, incluindo os produzidos em Betim (MG) e Porto Real (RJ).
Stellantis acaba de nomear o italiano Antonio Filosa como novo CEO. Ele comandou Fiat e Stellantis no Brasil, onde começou como gerente de compras em Betim (MG), em 2005. Ele é casado com uma brasileira e tem dois filhos brasileiros.
Kona Hybrid demonstra avanço da Hyundai
Modernidade é o que não falta nessa nova geração do SUV híbrido médio-compacto Kona. No estilo, chama atenção (só na versão de topo) a estreita barra iluminada por LED que vai do alto de um para-lama dianteiro a outro, em efeito chamativo, além de combinar com solução semelhante na traseira (luz vermelha, no caso). Lanternas traseiras não agradam tanto, todavia as rodas de 18 pol. sim. Cresceu em todas as dimensões (antes era um compacto): 4.350 mm de comprimento, 2.660 mm de entre-eixos, 1.825 mm de largura, 1.580 mm de altura e o porta-malas também: 407 L (mais 9%). Espaço interno, em especial para as pernas no banco traseiro, ficou melhor.
Posição de dirigir muito boa, interessante alavanca no volante para seleção do câmbio automatizado de dupla embreagem (seis marchas) e duas telas integradas de 12,3 pol. para quadro de instrumentos e multimídia são pontos altos, além da firmeza do banco com regulagem elétrica de altura. Motorização híbrida não mudou: 1,6 L de aspiração natural e 105 cv, além do elétrico de 54,5 cv, entregam combinados 141 cv e 27 kgf·m. Aceleração de 0 a 100 km/h, em 11,2 s, é razoável, embora no trânsito urbano a hibridização ajude com respostas melhores ao acelerador. Consumo padrão Inmetro de 18,4 km/l (cidade) e 16 km/l (estrada).
Em um primeiro contato em viagem entre São Paulo e Guararema (SP), mostrou firmeza nas curvas (suspensão traseira independente multibraço), freios bem dimensionados, direção precisa e sob certas condições apenas o motor elétrico atua, mas por pouco tempo, como também observei em trechos urbanos.
Preços: R$ 214.990 a R$ 234.990.
GAC estreia com quatro elétricos e um híbrido
A chinesa de capital paraestatal Guangzhou Automobile Group Co. (também tem ações em bolsa de valores) apresentou planos grandiosos para o mercado brasileiro, além da importação. Presidente mundial da GAC, Feng Xingya, confirmou produção local de veículos elétricos, híbridos e até a combustão, além de um centro de pesquisas provavelmente para desenvolver motores flex. Alex Zhou, CEO da GAC Brasil, desconversou sobre acordo que já teria sido fechado