Coluna Fernando Calmon | Renault revitaliza o Kwid e o torna mais competitivo

Lançado em 2017, o Kwid recebeu a primeira atualização agora. Chega ao mercado como ano-modelo 2023 com uma frente nova, mais equipado e melhorias no acabamento e no motor. Agora as três versões (Zen, Intense e Outsider) trazem de série controle de estabilidade que só será obrigatório em todos os carros a partir de 1º de janeiro de 2024. Além dos quatro airbags – dois frontais e dois laterais, já existentes – recebeu assistente de partida em rampa, bem útil em carros de câmbio manual, monitoramento de pressão dos pneus, aviso visual e sonoro se qualquer um dos ocupantes não usar o cinto de segurança e luzes de rodagem diurna (DRL) de LED.

Rodas de liga leve, também de 14 polegadas, surgem pela primeira vez (só na versão mais cara), mas mantendo apenas três parafusos. As calotas foram redesenhadas. Internamente houve melhorias: revestimento dos bancos de melhor aspecto, velocímetro digital e a tela multimídia, de 7 para 8 pol. O volante não mudou.

O motor foi atualizado para cumprir novas normas antipoluição. O três-cilindros de 1 litro entrega agora 71 cv (E)/68 cv (G), um ganho de 1 cv e 2 cv, respectivamente. O sistema auxiliar para partida em dias frios, quando com etanol, foi substituído por pré-aquecimento elétrico. Adotou ainda o sistema liga-religa o motor em marcha-lenta para poupar combustível (pode ser desligado). O consumo ficou um pouco melhor na referência Inmetro cidade/estrada: etanol 10,8/11 km/l; gasolina 15,3/15,7 km/l.

Em avaliação inicial, por circuito urbano em São Paulo (SP), a diferença nas respostas ao acelerador é difícil de perceber. No cronômetro a Renault informa que a aceleração de 0 a 100 km/h melhorou de 14,7 s para 13,2 s, quando abastecido com etanol. Está coerente para um automóvel de suas dimensões, que pesa apenas 825 kg (142 kg menos que o Mobi, rival direto). Porta-malas de 290 L é muito bom para seu porte. Mesmo com tanque de apenas de 38 litros, alcance declarado em estrada é de 597 km com gasolina e 418 km com etanol.

Preços: R$ 59.890 (o menor hoje no Brasil) a R$ 67.650. Todas as versões têm direção eletroassistida, ar-condicionado e faróis de quatro parábolas. Muito diferente de quando surgiu o carro “popular” em 1993. 

Mercedes-Benz Classe C, 6ª geração, boa evolução 

As primeiras unidades do novo Classe C começam a ser entregues, inicialmente, nas versões mais caras C200 e C300 AMG Line. Nessa mudança de geração o sedã clássico de tração traseira ficou 6,5 cm mais longo e ganhou 2,5 na distância entre eixos, o que melhorou o espaço para as pernas no banco traseiro. O estilo se mantém inconfundível. A grade inclui dezenas de miniestrelas de três pontas, símbolo da marca. Lanternas traseiras agora são bipartidas. Os faróis são de última geração e no C300 usam tecnologia digital capaz de iluminar até 600 m de distância sem ofuscar outros carros.

Suspensões independentes nas quatro rodas também evoluíram tendo como base as do topo de linha Classe S. Houve ganho no diâmetro de giro – 11,1 m – que é ótimo para os 4,75 m de comprimento.

O interior reserva boas novidades como o ar-condicionado quadrizona. Os bancos dianteiros apresentam melhor suporte lateral. Mais impressionante é o sistema de navegação com realidade aumentada que mostra até se o semáforo mudou para verde. A nova tela multimídia verticalizada tem 11,9 pol. É possível programar cinco modos de condução. No C300 há controle ativo de evasão ou troca de faixa e de tráfego transversal.

Motores são turbo de 4 cilindros, 1,5 L/204 cv (C 200) e 2 L/258 cv (C300). Ambos com sistema micro-híbrido, ou seja, alternador reversível em motor de partida sem geração de ruído. Isso acrescenta até cerca de 10% de potência (20 cv e 27 cv, respectivamente), caso a pequena bateria auxiliar de 48 V esteja com carga total.

Preços dos topos de linha bem elevados: R$ 349.900 (C 200 AMG Line) e 399.900 (C 300 AMG Line). Outras versões serão oferecidas ao longo do ano.

JAC lança primeiro sedã elétrico: E-J7

O sedã chinês de porte médio-grande (4,77 m de comprimento) é oferecido por preço competitivo: R$ 264.900. Para se ter ideia, o modelo elétrico mais vendido em 2021 (apenas 439 unidades, a maioria corporativas), Nissan Leaf, é menor e custa R$ 297.140. Desenho do E-J7 é agradável com solução ousada para a coluna traseira. Vem muito bem equipado, incluindo tela multimídia vertical de 13 pol.

Curiosamente a regulagem do banco dianteiro em altura é manual, apesar de se tratar de um carro elétrico. Não há ajuste do volante de direção em distância, só em altura. Espaço interno muito bom graças aos 2,76 m de entre-eixos. A JAC informa amplo porta-malas de 590 litros.

Motor de 190 cv/34,7 kgf.m destaca-se pela aceleração: 0 a 100 km/h em apenas 5,9 s. Como todo elétrico, nenhuma surpresa nesse aspecto, embora a velocidade máxima limite-se a 150 km/h para poupar a bateria de 50 kWh. Sua massa de 1.650 kg é relativamente baixa. Consumo declarado de 8 km/kWh em ciclo urbano significa cerca de 400 km de alcance. Em estrada deve chegar no máximo a 300 km.

A “Coluna Fernando Calmon ” é de exclusiva responsabilidade do seu autor.

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