Meio italiano, mezzo brasileiro: Fiat relembra sua origem no Dia Nacional do Imigrante Italiano

O fim do século 19 e início do século 20 no Brasil foram marcados pela imigração italiana. De acordo com dados do IBGE, mais de um milhão de italianos desembarcaram em solo nacional no período, consolidando-o como um dos com maiores raízes italianas no mundo. Pela importância que essa comunidade tem no Brasil, o dia 21 de fevereiro foi intitulado oficialmente pela lei nº 11.687 como o Dia Nacional do Imigrante Italiano.

Os imigrantes que passam a viver em uma novo país naturalmente compartilham seus hábitos e cultura. Assim, a italianidade pode ser encontrada em todos os locais onde os italianos se instalaram no Brasil, seja na gastronomia, na arte e até mesmo nos carros. Afinal, na década de 1970, desembarcava no país uma importante companhia de origem italiana: a Fiat, Fabrica Italiana Automobili de Torino, que já chegou ousando. Diferentemente das outras fabricantes que se instalaram em São Paulo, escolheu Minas Gerais para abrigar a sua primeira unidade industrial. Nasceu daí mais uma forte ligação entre Brasil e Itália, e a Fiat se tornou meio italiana, mezzo brasileira. Uma trajetória de sucesso, paixão e automóveis.

DNA italiano e coração brasileiro

Em 9 de julho de 1976 era inaugurada a fábrica da Fiat Automóveis, em Betim, para a produção do Fiat 147, automóvel que inaugurou o motor em posição transversal em carros nacionais. Três anos depois, foi o pioneiro entre os veículos produzidos em série movidos a etanol. A empresa atraiu para o estado dezenas de novos fornecedores, o que transformou Minas Gerais no segundo maior polo automobilístico do País e resultou em crescentes ganhos de produtividade.

Inovação e pioneirismo já acompanhavam a Fiat desde os primórdios. Ao longo dos mais de 44 anos no Brasil, a companhia protagonizou importantes momentos para a história da indústria automobilística. Como o lançamento do Fiat Uno, um novo conceito mundial de automóvel, que conquistou os brasileiros pelo amplo espaço interno, baixo custo de operação e economia de combustível. O modelo foi lançado um ano antes na Itália e logo depois chegou à versão adaptada aos usos e costumes tropicais. O sucesso da versão brasileira foi tanto, que mais tarde o automóvel começou a ser exportado até mesmo para o seu país de nascimento.

Nos anos seguintes, a família Uno cresceu com o Fiat Prêmio, o primeiro carro nacional a ter – junto do Uno – computador de bordo. Desenvolvido no Brasil, posteriormente foi exportado para países da América Latina e Europa com o nome Duna. Logo se tornou um dos carros mais vendidos da Itália. Mais tarde, a perua Elba (1986) e o furgão e a picape Fiorino (1988) também se tornaram membros da família, baseados no primogênito Uno.

As raízes italianas estavam, principalmente, nos nomes dos veículos. Em 1990, a nova versão do Uno foi batizada de Mille, mil em italiano em referência ao motor de 1.000 cm³ de cilindrada. O veículo, concebido para ser prático, econômico e o mais barato do Brasil, foi um sucesso de vendas. Já no primeiro ano foram vendidas 100 mil unidades, êxito que continuou durante a década de 90.

Outros exemplos são o Fiat Tempra, que significa temperamento em italiano, algo que se explicava no visual equilibrado e moderno do veículo. Siena também veio em homenagem à cidade situada na região da Toscana. Fiorino, Doblò e Ducato são nomes originários de antigas moedas italianas. Já Elba é uma referência à ilha italiana, que serviu de exílio para Napoleão Bonaparte, em 1814. Oggi, Brava, Bravo, Strada, Grazie Mille e Toro também tiveram o nome inspirados no idioma.

No quesito estilo a Fiat também não nega suas origens: seu design italiano é referência em todo o mundo e alguns modelos se tornaram ícones pelo visual autêntico. Como o Fiat 500, conhecido pelo exterior cativante e atemporal, que ganhou as ruas brasileiras em 2010. O próprio Uno foi elogiado pelo público e mídia, devido à forma aerodinâmica, e o Fiat Brava impressionava pelas linhas arrojadas.

A linha atual da Fiat também é referência no assunto: o Argo é arrojado, o Cronos traz requinte e sofisticação, e o Toro, robustez, sendo um dos modelos que tem o design mais premiado da história, ao receber o selo ouro na categoria Design de Produto pelo Prêmio Internacional Objeto Brasil, além dos prêmios internacionais Red Dot Design e iF Design Award.

Ambos os modelos oferecem o pacote S-Design, conceito italiano, que reúne estilo e conteúdo que satisfazem as necessidades de um público dinâmico e esportivo. O pack traz elementos escurecidos, que foram inspirados no ambiente de neblina da região do Piemonte, no norte da Itália.

Cultura 

Um dos pilares que a Fiat defende e preserva é a cultura. Ao completar três décadas no Brasil, em 2006, inaugurou a Casa Fiat de Cultura, localizada em Belo Horizonte (MG), que tem como proposta aproximar a arte do público. Até hoje, o espaço já abrigou 55 exposições de porte nacional e internacional, inclusive importantes mostras da arte italiana como: Arte Italiana do Masp (2006); Roma – A Vida e os Imperadores (2011); Barroco Itália Brasil – Prata e Ouro (2014); Recosturando Portinari (2014); São Francisco na Arte de Mestres Italianos (2018); Beleza em Movimento: ícones do design italiano (2019) dentre outras.

Atualmente, a Casa abriga a exposição “Percorsi Italiani: 120 anos de história na Casa Fiat de Cultura”, que vai até 1° de março e reúne objetos, vídeos e mais de cem imagens que resgatam os fluxos migratórios da comunidade italiana e sua contribuição na construção da memória e da identidade no Brasil e na Argentina.

Em maio, o espaço terá uma mostra sobre Sandro Botticelli (1445–1510), que será exposta pela primeira vez no Brasil e reúne 21 trabalhos do mestre italiano e de seus contemporâneos.

Amante da arte italiana, a Fiat também é apoiadora institucional da exposição “Leonardo Da Vinci – 500 Anos de um Gênio”, que está em cartaz no MIS Experience, em São Paulo, até 1º de março. A exposição inédita celebra a vida e a obra de um dos maiores inventores e mestres das artes em todos os tempos, e possui o Fiat Cronos HGT como “Carro Oficial” da mostra.

SERVIÇO

Exposição “Percorsi Italiani – 120 anos de história na Casa Fiat de Cultura”

Data: até 1º de março de 2020

Horário: terça a sexta, das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h

Ingressos: entrada gratuita

Local: Casa Fiat de Cultura – Praça da Liberdade, 10 – Funcionários – Belo Horizonte/MG

Exposição “Leonardo da Vinci – 500 anos de um gênio”

Data: até 1º de março de 2020

Horário: terça a domingo (inclusive feriado), das 9h às 10h

Ingressos: terça, entrada gratuita; quarta a sexta, R$ 35 (inteira) e R$ 17,50 (meia); sábados, domingos e feriados, R$ 45 (inteira) e R$ 22,50 (meia)

Local: MIS Experience – Rua Vladimir Herzog, 75 – Água Branca – São Paulo/SP

FOnte: FCA Press

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