Por Marcus Lauria (texto e fotos)
Apesar da moda atualmente ser SUV de todos os tipos e tamanhos, eu ainda sou fã dos carros hatchs, sedãs e Station Wagons, acho eles mais práticos para o uso diário e as vezes até mais espaçosos por dentro em alguns casos. Porta-malas, então, a maioria dos sedans atualmente dá “banho” nos SUVs mais vendidos. E é tocando extremamente nesse contexto de tamanho não é documento que venho falar do Nissan Versa que avaliei por uma semana.
CONFIRA O VÍDEO: https://youtu.be/gVSPRuzqwUg
Na versão de entrada Sense, o Versa que ficou esse período comigo peca por não ter alguns itens essenciais em um sedã desse porte e preço (R$ 117.990,00), como a câmera de ré, que devia ser item de série em todas as versões. De resto, acho que o modelo avaliado tem o conjunto suficiente para ser feliz no dia a dia e em uma viagem mais longa.
Abaixo vou informar tudo sobre o Versa Sense e já dar minha opinião em cada tópico. E por que não, antes de começar, um pouco da história desse sedã que merece ser mais reconhecido no mercado brasileiro. Com mais de 30 anos e quatro gerações que marcaram o segmento sedã ao longo de sua história, o Nissan Versa recebeu seu nome para representar as 5 primeiras letras da palavra Versátil. A Nissan concebe a versatilidade como a capacidade de adaptação às necessidades funcionais e emocionais dos condutores, graças à Nissan Intelligent Mobility. No mercado brasileiro, o Versa foi lançado em 2012, logo após o lançamento de sua segunda geração.
De acordo com a marca, seu desenvolvimento seguiu os mesmos pilares adotados nas novas linhas de sedãs da Nissan, o que mantém a consistência da marca, adaptada ao posicionamento de cada modelo. Assim, o sedã compacto foi refinado tendo como base três pilares: Nissan Emotional Geometry Design, Premium Excitement e Nissan Intelligent Mobility.
O estilo do Novo Versa, por exemplo, traz uma nova leitura da equipe de design para a conhecida frente ‘V-motion’, além do para-choque redesenhado. O sedã também estreia o novo logotipo da Nissan na frente e na traseira. Desde o ano de 2024, algumas novidades foram trazidas para melhorar ainda mais o sedã da marca japonesa.
Entre eles estão o Alerta de Colisão Frontal e o Assistente Inteligente de Frenagem (FCW/FEB) como item de série para toda a linha. São importantes equipamentos que fazem parte do Nissan Intelligent Safety Shield, o escudo de segurança da marca japonesa que ajuda a proteger motorista e passageiros e que é parte da visão de mobilidade da marca, a Nissan Intelligent Mobility (NIM).
Além de Alerta de Atenção do Motorista (DAA), Alerta de Colisão Frontal (FCW), Assistente Inteligente de Frenagem (FEB), Alerta de Tráfego Cruzado Traseiro (RCTA), Alerta de Cinto de Segurança Destravado (frontal e traseiros), Alerta de Objetos no Banco Traseiro (Rear Seat Alert), Sistema Inteligente de Partida em Rampa (HSA), Monitoramento de Ponto Cego (BSW), Visão 360º Inteligente (AVM) e Detector de Objetos em Movimento (MOD).
Também vem equipado em todas as versões, por exemplo, com bancos dianteiros com tecnologia Zero Gravity, volante com regulagem de altura e profundidade, acionamento do motor por botão, retrovisores externos com regulagem elétrica e vidros com acionamento elétrico.
A versão Sense ganha também rodas de liga leve aro 15 e nova multimídia de 7 polegadas com Apple Car Play e Android Auto. E, para trazer requinte e exclusividade ao habitáculo, a Nissan introduz uma combinação de cores que é tendência em veículos de luxo. Disponível para todas as três versões, o modelo passa a contar com a opção de bancos e painel na combinação preto e azul – em couro sintético na topo de linha Exclusive. A Nissan introduziu esse padrão no mercado com o esportivo Nissan Z, lançado mundialmente recentemente. Além dela, a linha conta com a opção preto com cinza (sempre em couro sintético na topo de linha).
Com entre-eixos de 2.620 mm e entre-rodas de 1.520 mm (frente) 1.530 mm (traseira), o Versa tem uma das cabines mais espaçosas e confortáveis – e com dimensões acima da média – do segmento. O espaço para joelhos e distância para ombros entram nessa fórmula de conforto. Acessar o habitáculo não é problema porque o amplo vão de abertura das portas facilita a entrada e a saída do veículo.
O motorista tem ainda um novo ajuste de altura do banco, que deixa a posição mais elevada em relação ao modelo anterior. O porta-malas oferece uma das maiores capacidades do segmento, com fácil acesso devido à altura menor em relação ao solo. A tampa pode ser destravada de três formas: pela chave, pela alavanca interna e apertando o botão do porta-malas. A posição de dirigir é fácil de achar com as regulagens disponíveis, o volante tem um tamanho certo para esse conjunto funcionar.
Os bancos com tecnologia Gravidade Zero oferecem muito mais conforto, distribuem melhor o peso no tórax, lombar e pelve para reduzir o cansaço em viagens mais longas. Só achei que o apoio de braço retrátil para o motorista poderia ficar em uma posição um pouco mais baixa e ser mais comprido e largo. Acabei desistindo de usar o apoio depois de um tempo de uso.
Outro item que reforça o conforto é o nível de isolamento acústico, obtido com vidros dianteiros espessos, materiais isolantes nas colunas A e no painel, vedação da lateral da carroceria, contorno de todas as portas e isolamento do capô. E isso pude notar no teste, o silêncio a bordo é um dos destaques desse sedã japonês. Além do amplo espaço que o Versa tem para bagagens em seu porta-malas, o sedã ainda tem 18 porta-objetos para acomodar pequenos objetos de uso do dia a dia e, assim, atender quem vai nos assentos dianteiros e traseiros.
O conjunto motriz do Novo Nissan Versa é formado pelo motor 1.6 16V Flex e pela transmissão Xtronic CVT. O propulsor entrega 113 cavalos de potência e torque de 15,3 kgfm quando abastecido com etanol. Trabalhando em baixas rotações, o câmbio CVT ajuda a reduzir o consumo, além de gerar menores níveis de ruídos e garantir uma excelente dirigibilidade ao carro. No trânsito do dia a dia, o motor funciona perfeitamente, sem arrancadas bruscas e acelerações lineares, o que ajuda no consumo, que cheguei a fazer 10,5 km/l na cidade com o ar ligado.
Já nas retomadas e no uso em subidas mais íngremes, o motor fica devendo um pouco de força e faz com que se use mais o acelerador. Em certos momentos, quando peguei o Alto da Boa Vista, que é como se fosse uma subida de serra, o carro ficou um pouco sem fôlego. Mas, em compensação, a suspensão trabalha certinha e deixa o motorista bem à vontade para fazer curvas mais ousadas. O sedã se mantém no trajeto e contorna as curvas de uma forma exemplar, mantendo a segurança do carro.
A caixa da transmissão tem ainda o modo “Sport”, que, acionado por um botão no câmbio, eleva as rotações para proporcionar respostas rápidas quando o pedal do acelerador é pressionado. É o ideal para situações que necessitam de respostas ainda mais rápidas do motor. Além disso, conta com a função “D-Step”, que melhora a sensação de aceleração com a simulação de trocas de marchas em alta rotação.
*FICHA TÉCNICA:Mecânica
Motorização 1.6
Combustível Álcool Gasolina
Potência (cv) 113 110
Torque (kgf.m) 15,3 15,2
Consumo cidade (km/l) 7,9 11,5
Consumo estrada (km/l) 10,5 15
Câmbio CVT
Tração dianteira
Direção elétrica
Suspensão dianteira Suspensão tipo McPherson e dianteira com barra estabilizadora, roda tipo independente e molas helicoidal.
Suspensão traseira Suspensão tipo eixo de torção, roda tipo semi-independente e molas helicoidal.
Dimensões
Altura (mm) 1.465
Largura (mm) 1.740
Comprimento (mm) 4.495
Peso (Kg) 1.105
Tanque (L) 41
Entre-eixos (mm) 2.620
Porta-Malas (L) 466
Ocupantes 5
*Dados do fabricante