Avaliação – Honda City EXL AT 2009

O Honda City vem equipado de série na versão de entrada LX, com ar-condicionado, direção com assistência elétrica progressiva, trio elétrico, rádio/CD/MP3 e conexões USB e auxiliar, rodas aro 15 de liga leve, computador de bordo e airbag duplo, por R$ 58.690. A versão intermediária EX, trás como destaque, além dos equipamentos da versão de básica, freios a disco nas quatro rodas com ABS e EBD, ganha volante multifuncional com acabamento de couro, piloto automático, controle digital para o ar, repetidores de seta nos retrovisores, rodas aro 16 e exibe acabamento cromado nas maçanetas e escape, tudo por R$ 64.200, com mais R$ 3.790, pode agregar um câmbio automático de cinco velocidades. A topo de linha EXL (versão testada) vem com bancos em couro, alto-falantes com tweeters e faróis de neblina, custa R$ 67.925, com câmbio manual, se tiver preferência pelo modelo automático, o preço sobe para R$ 73.860, que incluem o sistema de trocas por borboletas atrás do volante (Paddle Shift). O motor usado em todas as versões do City é o mesmo do New Fit mais caro, ou seja, um 1.5 flex, 16 válvulas com comando variável i-VTEC, que desenvolve 115 cavalos com gasolina e 116 cv com álcool. Aliás, motor, suspensões, câmbio e direção elétrica são compartilhadas com o irmão mais velho, que compartilha cerca de 60% das peças do Fit. O propulsor transfere toda sua potência aos 6 mil rpm e torque de 14,8 kgfm aos 4.800 giros.

Nada melhor do que estar em um automóvel em que podemos nos sentir bem ao dirigir, caso em que o Honda City se enquadra em vários aspectos. Vamos as partes boas, a posição de dirigir é fácil de achar, devido aos diversos ajustes de banco e volante, após se ajeitar no carro, com retrovisores na posição correta e distância entre o volante e banco do motorista fica fácil controlar o City. A conversa entre o volante e a roda é quase perfeita, não se perde em nenhum momento o controle da direção, o único problema fica por conta das rodas de 16 polegadas, calçadas com pneus 185/55 R16, que são muito sensíveis a qualquer irregularidade no asfalto, que são transmitidos imediatamente para quem está dentro do carro. Os bancos, apesar de serem um pouco duros, não atrapalham em nada o conforto, ao contrário, dão mais firmeza e segurança em situações complicadas, com uma ultrapassagem mais arriscada. Por dentro não falta conforto, ar-condicionado digital de fácil utilização e que gela bem, painel de fácil leitura com luzes na cor laranja e comandos dos vidros, retrovisores e travas de fácil acionamento. O único pecado encontrado na parte interna fica pelo fato dos materiais utilizados serem de baixa qualidade pelo valor cobrado pelo City. O motor é outro problema no carro, em baixas velocidades o câmbio automático de cinco velocidades se mostra cansado logo no início as acelerações, com a alavanca na posição “D”, as marchas são trocadas aos 4.800 rpm e nessa faixa de rotação o barulho do motor invade a cabine, desafiando até o som com MP3 do carro, que tem ótima acústica. Com a alavanca na posição “S”, as trocas começam acima dos 6 mil rpm, quando o barulho é ainda maior e o consumo é exagerado. Aliás, o City da avaliação estava com o tanque cheio de etanol, que foi consumido em menos de 180 quilômetros percorridos durante o teste, com o computador de bordo acusando 5,3 km/l, me senti em um carro V8. Mas rodando normalmente, sem precisar de muitas reduções a condução se torna prazerosa e passa a ser até interessante acelerar mais. Nas curvas o carro se comporta bem, devido aos pneus de ótima qualidade, o City tem uma leve tendência a sair de frente, mas nada incontrolável. O porta-malas é grande e torna-se um aliado na hora de fazer compras, pois os 506 litros são suficientes até mesmo para carregar as malas de quatro ocupantes em uma viagem mais longa. Nas manobras, o tamanho ajuda, os 4,4 metros de comprimento não são um empecilho para estacionar em vagas pequenas, ou mesmo se enfiar em garagens apertas, como é caso da minha, mas senti falta de um sensor de estacionamento, que deveria ser item de série na versão EXL, que ajudaria bastante nas manobras e evitaria as possíveis avarias na pintura do pára-choque traseiro.

[nggallery id=34]

Deixe um comentário