Avaliação – Volkswagen CrossFox 1.6 VHT Total Flex 2010

O CrossFox que foi avaliado pelo CarPoint News chama bastante atenção, não só pelo design mais atual e os “penduricalhos” aventureiros, mas sim pela cor laranja Atacama (designação dada pela montadora), que estréia nesse modelo da Volkswagen. Fugindo um pouco do tradicional preto e prata, o CrossFox não passa despercebido nas ruas e nos estacionamentos, todos apontam, chamam os amigos para ver o carro, enfim, uma atração a parte a nova cor do carro. Bom, o que importa aqui é falar sobre o desempenho do carro e o uso diário, além do consumo e comportamento dinâmico. Rodei exatos 255 Km com o CrossFox que foi avaliado em condições urbanas, como a maioria dos compradores desse modelo devem utilizá-lo. O novo modelo mudou bastante por fora e por dentro, com linhas mais “limpas” e arrojadas. No interior aquele antigo painel pobre de instrumento e bem diminuto deu forma a um novo painel, agora mais encorpado e completo, lembrando modelos como o Polo e o novo Gol, com materiais de boa qualidade, agradáveis ao toque dos dedos, tanto no tablier quanto nas laterais das portas, o ambiente interno ficou mais confortável. Assim como os bancos, com um tecido mais macio e confortável. A posição de dirigir é fácil de achar, em uma posição mais alta que os modelos comuns, o CrossFox tem ajuste de altura, profundidade e encosto, com auxílio dos mesmo ajustes para o volante, que na versão testada tinha os botões do rádio, computador de bordo e bluetooh, deixando tudo à mão.

O CrossFox foi usado o tempo todo em percurso urbano, afinal a roupagem “off-road” é apenas uma fantasia do Fox para quem gostaria de ter um veículo com tração nas quatro rodas, mas não costuma fazer trilhas. O motor 1.6 Total Flex desenvolve 101 cv com gasolina e 104 cv com etanol (combustível que estava no tanque) o carro desenvolve bem nas arrancadas e torna o CrossFox agradável de dirigir nas apertadas ruas do Rio de Janeiro. A suspensão alta é bem vinda em nossas ruas esburacadas, porém, a suspensão maltrata quem está dentro do carro, com batidas secas e duras, que talvez sejam atribuídas aos pneus de uso misto (opcional), na medida 205/60 R15. Um barulho que incomodou bastante durante o teste vinha do interior, principalmente do banco traseiro, que devido a regulagem tanto para frente, quanto para trás, dava a impressão que estava solto, na posição correta o chocalho diminui bastante. O acesso ao CrossFox é fácil, tanto para quem entra pela parte da frente, quando para os passageiros que vão atrás, as quatro portas tem um ângulo de abertura excelente, também contribui o teto alto do CrossFox, que suporta a entrada e saída de pessoas mais altas permitindo que não esbarre a cabeça no teto. O modelo avaliado tinha o teto solar, também opcional, que não é aconselhável usar nesses dias de sol intenso, melhor ficar com o ar-condicionado ligado. O acesso ao porta-malas é facilitado pelo novo sistema de abertura, que está mais simples. Nas manobras o estepe pendurado na traseira atrapalha um pouco, mas o modelo avaliado tinha um sensor de estacionamento que é bem útil e evita pequenas batidas. A comunicação entre o volante e as rodas é perfeita, o câmbio manual de cinco marchas se mostra muito eficiente, sendo bem escalonado e suave mas trocas, dando até uma tocada esportiva em certos momentos. As curvas pode ser feitas sem medo, mesmo que o centro de gravidade alto dê a impressão de que o carro não vai segurar nas curvas, em alguns trechos de serra o carro não desgarrou do asfalto, apesar de ameaçar sair de traseira em alguns momentos. O CrossFox é um carro bem equilibrado e agradável de andar. Só o consumo no álcool que deixou a desejar, durante o teste o computador de bordo oscilou bastante, entre &,9 e 8,3 em certas situações de condução.

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